quarta-feira, junho 15, 2016

Sérgio Machado diz que começou a receber propina quando Queiroz Galvão e Camargo Correia começaram a fazer navios em Pernambuco

Fernando Castilho / JC



Filho mais novo do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, o executivo de finanças e gestor de trusts, Expedito Machado da Ponte Neto fez, certamente, uma das mais documentadas delações premiadas à Justiça Federal do Paraná. Nela, ele revela que a primeira grande propina paga a seu pai pela construção dos navios do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), foi feita em 2007 e teriam sido pagas pelas empresas vencedoras Queiroz Galvão e Camargo Correia concordaram em contribuir com recursos.

Naquela ano, as duas empresas foram as vencedoras do leilão promovido pela Transpetro para a construção de 22 navios pelo Estaleiro Atlântico Sul, que ambas ainda controlam. Na delação premiada, Expedito Machado não cita nominalmente o estaleiro, mas afirma que segundo Sérgio Machado as duas empresas aceitaram pagar R$ 20 milhões.
Segundo Expedito Machado, o seu pai, Sérgio Machado lhe informou que as referidas empresas afirmaram que o pagamento só poderia ser feito no exterior e que sugeriram que ele abrisse uma conta no exterior e que Machado pediu que o executivo abrisse uma conta na Suíça em seu nome.
A delação de Expedido Macha revela que ele acabou levando para suas relações ilícitas o filho mais velho do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Firmeza Machado, que era executivo do mercado financeiro e que aceitou abrir uma conta no banco HSBC Zurique, uma vez que Expedito não tinha renda.
Pelo que o próprio Sérgio Machado, seu filho Expedito e o próprio executivo, ele nunca participou das negociatas de seu pai e de seu irmão rompeu com a família ao descobrir que seu nome tinha sido usado pelo pai e pelo irmão.
Na sua delação premiada Expedito Machado revela que em consequência o relacionamento com o HSBC Zurich recebeu pagamentos das Empresas Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, NM Engenharia, Galvão Engenharia, Devaran International Ltd. E a Irodotos Navigation, R$ 44,7 milhões a título de vantagens ilícitas.
No HSBC Zurich a sua companhia o truts Form A, que ele depois de 2009, passou controlar chegou a ao movimentar R$ 72 milhões e 934 mil.

Expedido relacionou assim os pagamentos da propina:

QUEIROZ GALVÃO e CAMARGO CORRÊA, durante entre 2007 e 2008, transferiram, a pedido de Sergio Machado, a quantia de R$ 18.311.130,06;
NM ENGENHARIA transferiu em 2008, a quantia de R$ 6.015.457,33;
GALVÃO ENGENHARIA transferiu em 2009, a quantia de R$ 4.964.976,31;
DEVARAN INTERNATIONAL LTD. transferiu em 2010 a quantia de R$ 11.961.619,22 e em 2012 o valor de R$ 1.617.953,58; e a
IRODOTOS transferiu em 2012, a quantia de R$ 1.857.585,14;
Disciplinado Expedido Machado revelou a Lava Jato que manteve o controle de cada valor recebido para prestar contas ao meu pai.


Postar um comentário

Blog do Paixão

Whatsapp Button works on Mobile Device only

Start typing and press Enter to search